Saber que a seta está funcionando no J3 é desafio para os ouvidos

O fim de semana foi ideal para entender melhor o J3, hatch que marca a estreia da JAC no Brasil, juntamente com seu irmão sedã, o J3 Turin. E é sempre interessante conhecer um carro que é 100% novidade – até mesmo a marca era desconhecida para nós.

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Digo isso porque depois de 10 anos no setor, você já começa a decorar o “feeling” da cada marca: o tipo de acerto de suspensão, o peso da direção e até mesmo o cheiro dos carros.

No caso do J3, tudo é inédito. Mas, como a indústria chinesa ainda tem uma história curta, você acaba encontrando a influência de outras montadoras – às vezes até mais que isso.

No J3, por exemplo, dois itens remeteram à Toyota. O miolo da chave e a própria chave, parecida com a do Corolla. Como havia dito no post anterior, a Honda parece ter sido homenageada no acabamento do painel e no funcionamento do câmbio manual.

Mas há aspectos com personalidade pura. Quer saber um? Para ajustar a altura dos espelhos retrovisores, os comandos estão invertidos: para baixo sobe, para cima desce. A confusão exigiu até que a JAC escrevesse a palavra “up” no dispositivo.

Quer outro? As setas do J3 não fazem o famoso “tec-tec”. Descobrir que a luz de indicação de direção está ligada só com ouvidos apuradíssimos já que existe um som, mas é tão baixo que é preciso desligar o carro para escutá-lo.

Derrapadas

No convívio urbano, o J3 tem se mostrado um carro previsível e bem adaptado à realidade brasileira. Como dissemos, a suspensão firme passa muito da imperfeição do piso, mas dá segurança em manobras. O motor, se trabalhado entre 1.800 e 2.500 rpm, dá conta do recado até com quatro pessoas. Alguns leitores observaram que outros veículos acharam o contrário. Pelo que vi, a Auto Esporte achou o carro mole. Respeito mas não concordo. Ele pode até inclinar muito em curvas, afinal ele é bem alto na versão que vem para cá, mas não achei parecido com Palio, por exemplo.

Há algumas semanas, dirigi o Cielo, da Chery, que tem motor 1.6 16V sem comando variável, e a diferença de comportamento do J3 é imensa. Mesmo menor, o motor 1.4 tem fôlego maior em rotações médias – já o Cielo precisa ser exigido para despertar.

Comando do espelho do J3: sinais invertidos

Apesar do bom começo, o J3 teve duas “derrapadas”. O vidro do passageiro faz um barulho incômodo quando é totalmente aberto e parte da espuma que isola isso está saindo pelo vão. E o pedal de embreagem perdeu o acabamento em borracha, que ficou passeando no assoalho neste fim de semana. Detalhes que acontecem com qualquer um, mas que precisam ser corrigidos lá na China.

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