Chery Celer 2015 Hatch

Chery Celer é o melhor produto de marca chinesa, mas vende mal

Assim que surgiram as primeiras rejeições aos carros chineses, a ‘salvação’ para elas foi anunciar uma fábrica no Brasil, medida ainda mais estimulada após a chegada do Inovar Auto. Com produção nacional, elas resolveriam parte da rejeição, mostrariam que estavam comprometidas com o consumidor e, de quebra, passariam a impressão de que seus produtos estariam sendo feitos com mais cuidado e ajustados para o paladar brasileiro.

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Mas a primeira experiência nesse sentido até agora provou apenas uma dessas teorias, a de que a produção nacional melhora a qualidade do produto. Estamos falando do Celer, primeiro ‘chinês nacional’ do Brasil. De fato, o compacto melhorou quilômetros em relação à versão chinesa: está mais bem construído, silencioso, ágil, além de perder aquele cheiro de cola que caracteriza a maior parte dos veículos produzidos na China.

Só que isso ainda não foi suficiente para fazer do Celer o carro de origem chinesa mais vendido do país. Lançado há dois meses, o carro simplesmente vende pouquíssimo. E não estamos comparando a outros rivais diretos, mas a produtos chineses como o QQ, da própria Chery. Importado, o QQ vendeu mais no segundo semestre que o Celer: 862 unidades contra 848 da versão hatch do Celer.

Hoje o chinês mais vendido no Brasil é o SUV X60, da pouco conhecida Lifan, que nem fábrica tem no Brasil. Ele emplacou quase 1,5 mil unidades mesmo custando bem mais que um Celer. Mas, afinal ,que lições tirar dessa situação?

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O que fica mais evidente é que a rejeição aos chineses não vem dos produtos em si apenas, mas da aparente falta de compromisso com qualidade, pós-venda e mesmo do custo-benefício, hoje pouco vantajoso. Se antes o risco de levar um modelo chinês para a garagem era até viável já que você teria um carro com vários equipamentos de série, hoje essa vantagem desapareceu para não dizer que se inverteu.

Lifan X60

Importado e mais caro, Lifan X60 vende quase o dobro do Celer

O fato é que, se quiserem vingar no Brasil, as marcas chinesas precisarão se reinventar, seja trazendo modelos bem mais equipados, seja vendendo a preços significativamente mais acessíveis. Afinal, é preciso pagar para ver nesse mercado, algo que a Hyundai, por exemplo, fez com sucesso. Quem não se lembra da rejeição que seus carros tinham há uma década, mas que foi superada com produtos bons e baratos como o primeiro i30 e o sedã Azera?

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Chery QQ importado vende mais que Celer nacional