O Ministro Guido Mantega: ele acredita na Anfavea e também em Papai Noel

Lamentável. É o mínimo a se dizer sobre as trapalhadas do governo federal e a burocracia sem tamanho do nosso país. Em primeiro lugar, um ministério muda uma regra no meio do jogo, ignora a Constituição e causa uma bagunça no setor automobilístico sem precedentes. Um mês depois, outro poder vai lá e recoloca tudo no lugar. Ótimo, mas precisávamos esperar 30 dias para isso? Se nós, cidadãos, somos penalizados por atrasar um imposto ou qualquer infração leve, por que o governo descumpre a lei e fica tudo por isso mesmo?

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Como se soube nesta quinta-feira, o STF revogou o aumento imediato de 30 pontos percentuais do IPI para carros importados. A mudança precisa de 90 dias para entrar em vigor, como todos sabiam, inclusive o próprio governo. Por isso, a regra passa a valer a partir do dia 16 de dezembro e quem comprou carro com o aumento terá direito a ser ressarcido.

Mas a medida, de autoria do sr. Ministro Guido Mantega, já teria perdido apoio dentro do governo, segundo li hoje na Folha de São Paulo. Diz o texto que a presidente Dilma Rousseff teria chegado à conclusão que a ideia causou mais problemas que soluções. E que outros ministros, como o do Desenvolvimento e Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, preferiam que o governo tivesse reduzido a alíquota do IPI para modelos nacionais com mais tecnologia embarcada.

Pelo jeito, o Mantega se “derreteu” todo para os argumentos da Anfavea. E, acreditem, as “montadoras nacionais”, como ouvi o William Bonner dizer ontem no Jornal Nacional, já ameaçam com demissões porque o mercado interno estaria desaquecendo… Estão vendendo como nunca e o mercado está ruim! E avisa o Bonner que as tais “montadoras nacionais” enviaram US$ 4 bilhões de lucro para suas matrizes no exterior este ano…

Resta a esperança que o regime automotivo prometido pelo governo para um futuro próximo realmente pense em reduzir impostos para empresas que investirem em produtos melhores no Brasil, que tornem o carro feito aqui competitivo para exportação e que alguém em Brasília lembre que o brasileiro não é apenas uma fonte inesgotável de dinheiro para impostos e veículos ruins e caros.