Carros Elétricos a autonomia do Inmetro

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A padronização na divulgação da autonomia de carros elétricos no Brasil trouxe consigo números que surpreenderam muitos consumidores. Os dados revelam uma redução de aproximadamente 30% em comparação com as estimativas anteriormente fornecidas pelas fabricantes. No entanto, é crucial ressaltar que essa mudança não está relacionada a alterações nas baterias ou tecnologia dos veículos.

O que, de fato, sofreu alterações foi o método de aferição. A partir de agora, todas as marcas são obrigadas a seguir o padrão estabelecido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que, por sua vez, adota a norma norte-americana de medição.

Novo Padrão de Medição adotado pelo Inmetro

Com a divulgação de uma tabela detalhada, apresentamos aqui a autonomia atual de todos os carros elétricos homologados pelo Inmetro, além de compará-la com os valores anteriores.

Até o ano passado, cada fabricante divulgava a autonomia dos veículos de acordo com diferentes padrões. O WLTP, amplamente utilizado na Europa, era adotado pela maioria, combinando testes de laboratório e de rodagem nas ruas. Algumas optavam pelo ciclo chinês, o mais otimista, com alcances superiores.

Outras ainda preferiam a regra norte-americana EPA, mais próxima da realidade e a escolhida para ser replicada pelo Inmetro. No entanto, persistiam diferenças na autonomia de modelos testados sob o padrão dos Estados Unidos.

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Variações na Autonomia: Um Novo Olhar sobre os Números do Carros Elétricos

O Inmetro explica que a EPA “fornece aos fabricantes três métodos para avaliação em veículos elétricos”. Para o Brasil, o órgão escolheu um padrão que considera “custos e prazos para a realização dos ensaios e obtenção dos resultados mais adequados à realidade brasileira, bem como para garantir a uniformidade na apresentação dos dados”.

Dessa forma, surgem diferenças consideráveis. Um exemplo é o Audi e-tron Sportback, que nos Estados Unidos apresenta autonomia de 341 km, segundo o ciclo EPA. No entanto, a versão homologada para o Brasil revela um alcance 26,1% menor, atingindo 252 km.

A maior discrepância nos dados é observada no Porsche Taycan 4S. No teste norte-americano, o alcance é de 378 km. Entretanto, no Brasil, a autonomia é 36,3% menor, limitando-se a apenas 241 km.

Mudanças Planejadas desde 2020: A Visão do Inmetro sobre os Carros elétricos

O Inmetro assegura que essa mudança foi discutida com as fabricantes desde 2020. Explica que a medida foi adotada para aproximar a autonomia anunciada com a realidade que o motorista pode experimentar no dia a dia. Este é um esforço conjunto para garantir transparência e precisão nas informações fornecidas aos consumidores brasileiros, alinhando-se com a evolução global no setor de carros elétricos.

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