Peugeot 408

Enquanto a Toyota e a Honda disputavam o título de estandes mais mortos do salão, três rivais menores no segmento mostravam seus novos sedãs médios. Peugeot, Renault e Volkswagen entrarão 2011 com novidades na área em mais uma tentativa de convencer os clientes que elas sabem fazer esse tipo de carro. Enquanto a primeira mostrou o 408, a segunda exibiu o Fluence e a terceira, o novo Jetta. Dois argentinos e um mexicano. Será que os três estrangeiros exibem qualidades para gerar dúvidas nos donos dos brasileiros Corolla e Civic?

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Ainda acho que não. Os três são produtos bem mais acertados para o segmento, mas não inovam tanto a ponto de virar o jogo. Ressalva seja feita ao 408 que estava isolado no estande da Peugeot, o que não permitiu uma análise mais detalhada. Renault e Volks, ao contrário, deixaram que os visitantes entrassem em seus carros.

Peugeot 408 – quem foi hoje ou quem irá ao salão talvez concorde comigo. O 408 é um belíssimo sedã, pena que o exemplar preparado pela marca tenha rodas pequenas para seu porte. Mas é outro mundo ver um carro ser projetado para a função e não ter um porta-malas colado na traseira. É um automóvel elegante e com um estilo próprio, nada surpreendente, mas bastante correto. Como é mais espaçoso que o já confortável 307 Sedan, a Peugeot terá bons argumentos para vendê-lo. Só dá calafrios pensar no câmbio automático.

Renault Fluence

Renault Fluence – perto do Mégane, o Fluence é bem mais moderno. Mas o carro parece pequeno para um médio. Coisa inexplicável já que suas dimensões são generosas. O carro, no entanto, não tem “dono”: nas ruas certamente demorará para alguém identificá-lo como Renault. A traseira destacada torna o habitáculo desproporcional ao meu ver. O interior também não traz nada de novo. Ao contrário. É mais conservador que o Mégane, mas inspira mais sofisticação, um dos pontos fracos do antecessor. Sei não, acho que a Renault continuará como figurante na área.

Volkswagen Jetta

Volkswagen Jetta – pode um carro retroceder? É a impressão que dá o novo Jetta. O anterior tinha um ar de sedã premium e esse é bastante básico. Acho que a melhor definição que encontrei para ele foi “sem emoção”. Não há nada que faça nossos olhos brilharem. Uma pena. Mas a parte técnica deve compensar isso. O acerto, se for mais firme como é tradição e a dupla motor/câmbio, eficiente como sempre, pode virar o jogo a favor. A VW também precisará ser mais generosa na lista de equipamentos e, principalmente, mais contida nos preços, afinal Jetta não deveria ser rival de Fusion.

Em comum, os três trazem porta-malas imensos sem perder a elegância das formas, e são apostas mais pensadas para esse público, que gosta de modelos racionais. Ou seja, a briga não é só no visual, requer um ótimo pós-venda e construção esmerada, entre outros. E isso não é tarefa de designer.[poll id=”29″]