Kia Sportage 2011

Santo Peter Schreyer! A Kia deveria erguer uma estátua para o designer alemão, que transformou a marca coreana de sem sal para um prato cheio de sabor. Talvez o melhor projeto dele seja o Sportage – o talvez é porque existe o Optima também. Por que? É só colocar um Sportage ao lado de um Sorento para entender. O irmão maior, mesmo tendo sido lançado apenas um ano antes, parece que tem uns 10 anos de diferença, sem falar que o Sportage parece mais sofisticado que ele.

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Sim, o Sportage é muito mais atraente que o ix35, numa espécie de “vingança” da Kia que, na época do lançamento do Tucson e o Sportage da geração anterior, acabou ficando com o patinho feio da dupla (não que o antigo Tucson seja um primor de design).

E é bom que a Kia aproveite esse momento “Miss Universo” do Sportage porque o carro, embora sem grandes defeitos, não vale o que ela está cobrando – imagine então a Hyundai e seu “Mercedes” ix35.

Apesar de ter versões que começam em R$ 83.900, o Sportage com equipamentos decentes custa mais de R$ 100 mil. E é aí que ele me decepcionou. Um veículo com valor na casa dos seis dígitos não ter ajuste de profundidade do volante, saída traseira de ar, paddle-shifts e um piloto automático que mostre na tela qual a velocidade que estamos “setando”? Não traz GPS ou mesmo uma tela touch-screen ou freio de estacionamento elétrico. Pior: a Kia usa o arcaico freio de pedal, coisa de picape rudimentar.

Pegue um 408 ou um Fluence e você terá mais itens. Melhor: compre um 3008 (se você encontrar) e levará um motor turbo que rende quase o mesmo que o 2.0 do Sportage (156 contra 166 cv), mas que entrega 24,5 kgfm de torque já a 1.400 rpm contra os 20 kg que o Kia só consegue em 4.600 giros.

Como disse, o Sportage é um carro bonito, daqueles que provocam o efeito “quero ter um”. Por dentro não exibe tanta sofisticação, mas é confortável. O câmbio de seis marchas tem trocas velozes, mas o motor faz apenas o indispensável – numa retomada, o crossover demora um pouco para voltar a velocidade anterior.

A suspensão é o ponto forte: é silenciosa e firme, mas sem perder conforto. Num dos trechos do test-drive precisamos trafegar por uma rua de pedras como aquelas que existem no centro de Parati (para quem conhece). O Sportage enfrentou o trecho numa boa. Quando voltamos a passar por lá, a bordo do Soul flex, parecia outra pista de tão ruim.

R$ 10 mil a menos

Resumo da ópera: o Sportage é um bom crossover, mas custa uns R$ 10 mil a mais do que vale. Se a versão de entrada com câmbio e ar manuais, custasse R$ 75 mil estaria de bom tamanho. E a top, que sai por quase R$ 104 mil, com tração integral, ficaria bem entre R$ 92 mil e R$ 95 mil. Para vocês verem que não é só a Hyundai que está surfando na onda do estrelismo.

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