JAC J3

Como disse ontem, a JAC começou sua vida oficialmente hoje no Brasil. A marca chinesa, que aqui é representada pelo grupo SHC do empresário Sérgio Habib, apresentou à imprensa o J3, seu primeiro produto a ser lançado. Aliás, Habib fez uma de suas famosas e longas apresentações, com mais de 3 horas.

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Claro que o experiente executivo foi enfático em mostrar que a JAC é diferente de outras chinesas que chegaram ao Brasil e em parte isso é verdade. Habib não mediu esforços para fazer aquilo que este blog já havia reclamado de outras chinesas: “nacionalizar” seus modelos, ou seja, adaptá-los ao gosto local. Segundo ele, 242 modificações foram feitas. Talvez o número seja inflado, mas muita coisas é perceptível e vamos contar mais sobre o J3 nos próximos dias já que estamos com um exemplar na redação do iG Carros.

Como disse um amigo jornalista outro dia, “o J3 não tem cheiro de carro chinês”. Em outras palavras, o interior lembra um carro japonês ou coreano, depois da inúmeras mudanças. O acabamento em preto, por exemplo, cai bem melhor que as cores claras que os chineses gostam. Habib mudou a padronagem dos bancos, que usam uma espécie de veludo, e até a cor da iluminação do painel mudou de âmbar para azul.

Voltei com o carro de Campinas, onde aconteceu o lançamento, até São Paulo e nesses 100 km gostei de duas coisas: o câmbio manual, de engates macios e feeling muito parecido com o do Fit, e, sobretudo, do motor 1.4 (um 1.3, na verdade). Com bloco e cabeçote de alumínio e pesando apenas 83 kg (Habib disse que o EA-111 do Gol pesa 137 kg), o propulsor possui comando duplo de válvulas, variável na admissão, o que a marca batizou de VVT.

Mesmo com 16V, o fôlego do motor é muito bom. Honestamente, achei que ele dá de 10 a 0 no Econo.Flex 1.4 da GM, que é tão elogiado pelo torque e potência. Na estrada ele sempre oferecia um bom torque nas retomadas e cheguei a 120 km/h com sobra no pedal. Vamos ver como ele se comporta com mais gente a bordo, uma situação comum para o público-alvo dele.

A suspensão, com braços duplos atrás, é firme para dura, ideal para quem gosta de um carro mais a mão. A direção hidráulica tem bom peso, mas fiquei com a impressão que o volante é um pouco voltado para o centro do carro, como no Celta.

Nesses primeiros 100 km diria que é o melhor chinês que vi até agora. Claro que tem falhas e alguns deslizes, mas se comparado a alguns modelos nacionais toscos com os quais convivemos, o J3 pode ser um divisor de águas.

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