Nissan March

É a promessa da Nissan impressa na propaganda do Inova Show, um evento itinerante que a montadora inicia nesta semana e que percorrerá mais de 30 cidades brasileiras. Além de vender carros e reforçar alguns aspectos pouco percebidos pelo consumidor como fábrica no Brasil e pós-venda, a ação oferecerá test-drives com o elétrico Leaf e com o March, o primeiro popular japonês a ser vendido aqui.

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Produzido no México, o March será lançado em outubro no Brasil, mas as vendas começarão para valer em novembro. O preço estipulado para a versão 1.0 é de “até R$ 30.000”. A marca também diz que o March trará bons equipamentos desde a versão de entrada.

Depois de ter andado com o Leaf dei algumas voltas com o March mexicano, com motor 1.6 a gasolina (os brasileiros serão flex) e itens completos. Antes de mais nada, a Nissan terá uma tarefa dura em matéria de design. Como muita gente viu no Salão do Automóvel, o March é bem sem graça. À luz do sol é pior ainda. A frente dá para engolir, mas a traseira entrará para o rol das mais feias do mercado.

Ou seja, não é pela paixão que o March (a montadora pronuncia “marti”) emplacará. A sacada ali é a compra racional. A primeira impressão é de um carro bem montado, silencioso, mas com materiais internos feios. A direção elétrica tem um peso adequado, o câmbio traz engates um tanto longos, mas dentro do esperado. Impossível avaliar suspensão ou mesmo o desempenho já que rodamos a no máximo 25 km/h.

Outra constatação é que o Nissan compacto sobra em termos de espaço vertical e deixa a desejar no transversal. Parece muito apertado para levar três pessoas atrás. Os joelhos também encostam com facilidade no banco dianteiro, dependendo da altura do motorista, por exemplo.

O comunicado da marca fala em versão manual e também automática, de quatro marchas. São quatro versões: Drive, Sense, Advance e SR, esportiva. De série há trava elétrica com velocidade, computador de bordo e desembaçador traseiro. A versão Sense acrescenta ar-condicionado, keyless, direção elétrica, rádio MP3 com entrada para iPod, alarme e limpador traseiro.

Já a versão Advance utiliza câmbio automático e possui vidros elétricos nas quatro portas, airbags duplos e retrovisores elétricos. Apesar da falta de apelo, o esportivo SR tem rodas de liga 15 polegadas e aerofólios, além de outros detalhes estéticos. Para chamar a atenção, o March terá cores berrantes como laranja, vermelho bordô e azul, além das comuns.

Estoque

Apesar do esforço da Nissan e do fato de a marca ter evoluído em vendas, ainda sou reticente a respeito do estoque da rede. Os veículos vindos do México (Sentra e Tiida) têm sempre altos e baixos nos emplacamentos, sinal de desabastecimento nas concessionárias. Além do mais, não são poucos os clientes que reclamam de falta de peças de reposição para seus carros. Imagine agora um modelo de massa como o March nessa situação. Sem contar o Agile, que é feito na vizinha Argentina, o March pode virar o modelo estrangeiro mais vendido no Brasil caso a Nissan consiga emplacar mais 4 mil ou 5 mil unidades por mês. Um patamar em que um erro pode acabar com a reputação da marca.

Nissan March

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